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Património

Edifício Sede da Junta de Freguesia de Benfica

Local: Avenida Gomes Pereira, 17
Ano: Finais do século XIX/início XX

Sede da Junta de Freguesia desde a década de 1970. No início do século XX, é aqui fundado o clube Desportos de Benfica, que incluía aquele que é hoje um dos mais antigos rinques de patinagem do país, marco da história e prática do hóquei em patins. Durante mais de seis décadas foi sede do Sport Lisboa e Benfica. Anexo ao edificado principal, em 1916, é inaugurado o Cine Clube de Benfica, remodelado em 1992 e transformado em auditório, batizado com o nome Carlos Paredes.

Fábrica Simões & C.ª Lda.

Local: Avenida Gomes Pereira, 11
Ano: 1921

Fundada no início do século XX por José Simões, antigo operário têxtil. No seu apogeu, chegou a empregar mais de 1 500 operários em laboração, criando grande impacto no tecido social e empresarial de freguesia. À época foi considerada uma fábrica modelar, pela qualidade e modernidade da maquinaria, pelo processo de fabrico, pelas condições de trabalho e higiene proporcionadas aos trabalhadores e à qualidade do produto. A fábrica entrou em falência em 1975, encerrando definitivamente em 1987.

Parque Silva Porto

Local: Avenida Grão Vasco
Ano: Finais século XIX

Na origem deste parque está a plantação de um bosque, em 1880, na Quinta da Feiteira, propriedade de João Carlos Ulrich e Maria Luiza de Sá Ulrich. A quinta e o respetivo palácio foram vendidos a César José de Figueiredo, em 1903. Foi este quem mandou instalar os portões de ferro provenientes das portas de São Sebastião da Pedreira. Em 1910, a mata da quinta foi cedida à Câmara Municipal de Lisboa com a finalidade de a transformar em jardim público.

Mercado de Benfica

Local: R. João Frederico Ludovice 354
Ano: 1971

O Mercado de Benfica foi construído nos terrenos da Quinta da Casquilha, para substituir o antigo mercado de levante, que tinha lugar na rua, em frente à entrada do Parque Silva Porto, na Avenida Grão Vasco. Foi o último mercado a ser inaugurado antes da Revolução de 25 de Abril de 1974, tendo aberto portas a 19 de Outubro de 1971. Anos mais tarde, após análise das dificuldades e problemas com o qual o mercado se confrontava, é elaborado o Plano de Ampliação do Mercado, que visava essencialmente o enquadramento do aglomerado de venda ambulante da Rua Morais Sarmento. Neste Plano, previa-se a construção de um corpo adjacente ao edifício, no seu passeio sul, preenchendo uma área total de 1.450m2. O projeto é da autoria do arquiteto Moreira Gomes (1993).

Portas de Benfica

Local: Rotunda das Portas de Benfica
Ano: 1886

Integrava um sistema de controlo alfandegário para a fiscalização da entrada de mercadorias em Lisboa, que pontuava a Estrada da Circunvalação, via que tinha sido construída com o objetivo de criar uma barreira alfandegária, concluída em 1857, com um total de seis postos de controlo alfandegário. Em 1922, as Portas de Benfica deixaram de servir o sei propósito.

Vila Ana e Vila Ventura

Local: Estrada de Benfica, 624
Ano: 1890 e 1910

Construídas por iniciativa de Maria Gertrudes da Conceição Macedo de Barros. Os nomes foram atribuídos pela proprietária como homenagem aos seus pais, Ana Rita Pereira e Ventura Luís Macedo. Esta era uma família de emigrantes, que regressou a Portugal, vinda do Brasil, razão pela qual estas vilas eram conhecidas como as Casas do Brasileiro.

Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Amparo

Local: Estrada de Benfica

Ano: Início da construção 1750

Mais expressivo exemplo de arquitetura religiosa da freguesia, cuja invocação terá surgido na última década do século XIV. A construção atual, terá tido início em 1750, porém, em virtude de sucessivos atrasos e paragens na obra, só viria a ser inaugurada em 1809, tendo sido consagrada a 10 de dezembro. O traçado da igreja é da autoria de João Frederico Ludovice. No interior destacam-se os tetos do final do século XIX da autoria de José Maria Pereira Júnior e telas atribuídas a Pedro Alexandrino.

Chafariz de Benfica

Local: Estrada de Benfica
Ano: 1778

Construído segundo projeto de Reinaldo dos Santos e Francisco Cangalhas. Em 1778, a Junta das Águas Livres ordenou a canalização das águas para este local e, em 1779, encarregou os referidos arquitetos do desenho do novo chafariz. Em 1786, foi concedida autorização por alvará à Quinta do Desembargador Manoel Ignacio de Moura para o aproveitamento das águas sobrantes.

Palácio Baldaya

Local: Estrada de Benfica, 701
Ano: Finais do século XVIII

O Palácio deve o seu nome a Maria Joana Baldaya, que aí residiu entre 1840 e 1859, ano da sua morte. Em 1783, existia neste local a Quinta do Desembargador Manoel Ignacio de Moura, a quem, em 1786, foram concedidas as águas sobrantes do Chafariz de Benfica. Em 1867, o palácio entrou na posse de José Isidoro Escarlate, sobrinho e herdeiro de Joana Baldaya. Sucederam-se os proprietários até que em 1908, o Estado adquire o palácio com a intenção de nele instalar o Laboratório de Patologia Veterinária e Bacteriologia. Em 2015, o palácio foi cedido por contrato de comodato pela Câmara Municipal de Lisboa à Junta de Freguesia de Benfica, que recuperou o edifício, abrindo um polo cultural, em 2017.

Cemitério de Benfica

Local: Estrada dos Arneiros
Ano: 1869

Descrição: Construído por iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa para receber as ossadas provenientes dos cemitérios paroquiais de Benfica e Carnide. Em finais do século XIX, é edificada a capela do cemitério, conforme projeto de José Luís Monteiro. Em 1959, é ampliado com projeto do arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles. É digno de nota o jazigo de Francisco dos Santos, da autoria do arquiteto Raul Rodrigues Lima e esculturas de Leopoldo de Almeida. Destacam-se, ainda, os túmulos dos poetas Alexandre O’Neill, Delina Guimarães, da escritora e jornalista Maria Lamas, do maratonista Francisco Lázaro, do hoquista António Livramento e o Memorial a Fernando Vaz, jogador e treinador de futebol, assim como o jazigo do Padre Cruz, alvo de romarias constantes.

Quinta da Granja

Local: Avenida do Uruguai e Avenida Lusíada
Ano: (desconhecido)

A fundação da propriedade, pelo menos sob este nome, recua à Idade Média e é referida como pertencente ao Mosteiro de São Vicente de Fora. A herdade foi passando por diversas mãos e dividida em duas: a Quinta da Granja de Cima (onde se encontra o edifício principal) e a Quinta da Granja de Baixo (onde se encontra o Parque Urbano e a Casa Grande, hoje Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger). No século XVIII pertencia a Susana Barbosa de Lima que a herdou de Inácia da Cunha, sua tia. No final do século, pertencia a João Coelho de Melo, que mandou edificar a casa de dois pisos, sucedendo-se os proprietários, a saber: D. João Pedro da Câmara (1795), D. Luís da Câmara (1812), família Van Zeller (1830), que manda plantar uma vinhas, família Mesquita (1850), que em virtude do ataque de filoxera substitui a vinha pelo cultivo de cereais e pela criação ovina. Salienta-se que, em meados do século XIX, eram famosas as Ovelhas da Granja pela qualidade do leite produzido por uma raça resultante de cruzamentos. A quinta pertence, atualmente, à família Canas da Silva.

Parque Florestal de Monsanto

Local: Serra de Monsanto

Ano: 1938

Descrição: Na Serra de Monsanto, o Parque Florestal, com uma área de 900 ha, integra o território de seis freguesias, sendo uma delas a Freguesia de Benfica. No século XIX, a serra era coberta por searas e pastos para gado, tinha ainda várias pedreiras em atividade. Em 1868, nasce a ideia de se arborizar o local por modo a criar um grande parque de passeio para os Lisboetas, porém o projeto só começa a tornar-se realidade a partir de 1938. O parque de tipo bosque selvagem interrompido por percursos, concebido pelo Arquiteto Francisco Keil do Amaral, foi plantado pelos membros da Mocidade Portuguesa, os trabalhadores dos terrenos e os prisioneiros do Forte de Monsanto. As obras continuaram para além do projeto de Keil do Amaral, construindo-se o centro emissor da RTP (1957), o Quartel da Força Aérea (1955), o Bairro da GNR (1958) e instalando-se ainda o Clube Português de Tiro a Chumbo (terrenos cedidos em 1962).

Quinta do Peres/Quinta da Fonte do Calhariz

Local: Travessa Francisco Resende, 57
Ano: Século XVIII

Em 1702, existia no mesmo local uma propriedade que pertencia ao desembargador Tomaz de Caminha. Em 1750, a quinta passou a ter a designação de Quinta da Fonte do Calhariz e a pertencer ao Cónego Manuel de Aguiar, que nela residiu com a sua prima Catarina da Assunção. Mudou sucessivamente de proprietários até que, em 1835, pertenceu a António de Sousa Peres, a quem deve a sua denominação. Continuou a mudar de mãos, até que, em 1948, foi adquirida pela Escola Beiral, fundada por Maria Teresa Andrade Santos, mantendo-se no local até hoje.

Embaixada do México/Quinta de São João

Local: Estrada de Monsanto, 78
Ano: 1775 (fundação)

Quinta fundada em 1775. Em 1943, pertencia a Errington Alfred, a quem a Câmara Municipal de Lisboa expropriou duas parcelas. Entre 1943 e 1946, o edifício da quinta sofreu obras de ampliação e remodelação. Em 1976, a Quinta de São João tornou-se residência oficial do Embaixador do México e em 2002 passou a estar aí instalada a Embaixada deste país.

Chafariz da Buraca

Local: Rua da Buraca
Ano: 1772

 Projetado pelo arquiteto Reinaldo dos Santos, em 1771, concluído no ano seguinte. Tinha o propósito de abastecer a Comitiva Real nas suas deslocações ao Palácio de Queluz. Em 1834, a Direção das Águas Livres autorizou a Quinta de João António Lopes Pastor a utilizar as águas sobrantes do chafariz.

Escola Superior de Educação

Local: Campus de Benfica do Instituto Politécnico de Lisboa

Ano: 1916 – 1918

Projeto do arquiteto Arnaldo Adães Bermudes, construído entre 1916 e 1918, no lugar da Quinta de Marrocos, para acolher a Escola Normal Primária de Lisboa. O edifício foi planeado de raiz para fins educativos, sendo uma obra simbólica da reforma educativa levada a cabo pela I República. Neste contexto, o projeto concebido por Adães Bernardes era funcional, de linhas sóbrias, composto por um corpo central com duas alas laterais e muitas janelas para reforçar a ideia de simetria. Na fachada principal, foi aplicado um conjunto de azulejos produzidos na Companhia das Fábricas de Cerâmica Lusitânia. A Escola Normal de Lisboa, em 1930, passa a chamar-se Escola do Magistério Primário, nome pelo qual ficou conhecido, vinculando a memória ligada à reforma educativa conduzida durante o Estado Novo. As alterações introduzidas no ensino em 1985 levaram a uma nova alteração para o nome atual Escola Superior de Educação.

Retiro ou Quinta do Bom Pastor

Local: Estrada da Buraca, 8

Ano: Século XVIII

A antiga Quinta do Bom Pastor, data do século XVIII. Em 1756, pertencia a Pedro Caetano Brum Pimentel, que aí residia com a sua mulher, Mariana Catarina de Pastori e com os seus 22 criados. Em 1873, tinha a designação de Quinta do Macaísta, sendo o seu proprietário José Maria Pastori. Ao longo do século XX, a Quinta conheceu diversos donos, entre eles a viúva Gordon, o marquês de Fontes e a Câmara Municipal de Lisboa, que, por seu turno, a cedeu ao Patriarcado de Lisboa. A quinta teve vários nomes, devendo o seu nome atual – Bom Pastor – à generosidade de um dos seus donos, António Lopes Pastor, negociante de sedas do século XIX, proprietário de uma loja de tecidos e amigo de Almeida Garrett, que chegou a passar temporadas nesta quinta. em 1962, o Patriarcado mandou restaurar o palácio e arranjar o jardim e hortas, tendo sido nessa altura construída na quinta uma casa de retiro a que foi dado o nome de Casa de Retiro do Bom Pastor, inaugurada em 1964. Em maio de 2016, passaram a estar instaladas as rádios do Grupo Renascença Multimédia.